Coco Chanel

"Uma mulher precisa apenas de duas coisas na vida: um vestido preto e um homem que a ame".

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PAIXÃO

P.A.I.X.Ã.O

A paixão (do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situação dificil) é uma emoção de ampliação quase patológica. O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio.

Efeitos
A paixão é um sentimento de desejar, querer, a todo custo "o amor de outro ser ou objeto". Necessidade de ver e tocar a pessoa ou objeto por qual se apaixonou.
Deste modo.pode ser um entendido como um "vício" que debilita a mente do indivíduo pois este foca somente a pessoa amada ou objeto artístico nos seus pensamentos sendo todos os outros momentâneos e irrelevantes.
A paixão pode ser um entendido como um "sedativo" que suscita um prazer admirativo pelos detalhes da pessoa amada.
Pode-se dizer também que paixão é algo que está relacionado a coisas não muito mais passageiro que o amor, pois, sendo uma patologia deste, com o passar do tempo e sendo rompido o véu da idealização do outro, cai-se na realidade, tranformando-se a paixão em amor, ou nada restando do sentimento afetivo. Estudos de psicologia dos sentimentos indicam que o estado de paixão muito dificilmente ultrapassa os três anos.
"A paixão é uma patologia amorosa, um superlativo fantasioso da realidade sobre o o outro, tendo em vista que o indivíduo apaixonado se funde no outro, ou seja, perde a sua individualidade, que só é resgatada quando na presença do outro."

...E O A.M.O.R?

Segundo Rubens Almeida no livro OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA... o autor questiona-se: O que amo?
"Releio as Confissões de santo Agostinho. Ele pergunta: "O que é que eu amo quando amo o meu Deus?". Ele sabia que a simples afirmação "Eu amo o meu Deus" não significa coisa alguma. O amor exige um rosto. Imaginem que um apaixonado fizesse essa pergunta à sua amada: "Que é que eu amo quando amo você?" Ela responderia perplexa: "Então, não é a mim que você ama? Você ama uma outra coisa que aparece em mim?" Esse é um segredo que nenhum amante sabe: ele não ama a pessoa amada. Ele ama algo misterioso que se mostra no seu corpo. A raposa olhava para os campos de trigo e sentia amor ao vê-los oscilando ao veno. Amava os campos de trigo porque eles a faziam lembrar do cabelo dourado do Pequeno Príncipe.
A pessoa amada é apenas o lugar onde a aparição acontece. "O que amamos é sempre um símbolo", disse Hermann Hesse. "Símbolo" é algo que está no lugar da outra coisa... O simbolo, sendo uma "outra coisa" que não a coisa amada, é sempre um lugar de saudade.
"Por que tenho saudade de você, no retrato, ainda que o mais recente? E por que um simples retrato, mais que você, me comove, se você mesma está presente?" (cassiano Ricardo)

Um comentário:

  1. Penso que a paixão é turbulenta; faz com que sintamos nosso corpo - e toda a química que o compõe - muito vivo e alerta, mas ela por vezes nos impossibilita de raciocinar, tornando-nos seres impulsivos, reativos, com as emoções à flor da pele.
    Já o amor é mais tranquilo. Passada a turbulenta fase da paixão ele surge e se fortalece aos poucos, alimentando nossa alma e despertando o que há de melhor em nós.
    Há quem prefira a paixão,alegando que a calmaria do amor é monótona. Mas quem consegue desfrutar dos encantos e delícias de um amor que vai amadurecendo com o tempo, e sabe adicionar pitadas de novidade à rotina de um relacionamento longo, não troca um amor dos bons pelas sensações que a paixão provoca.
    Bj pra vc!

    ResponderExcluir